Post gigante: Minhas três vezes no vestibular da Cásper
É, gente, sumi. Peço desculpas. Estava cobrindo férias (ainda estou, para dizer a verdade), e cobrir férias faz com que não sobre tempo para comer, dormir e ter criatividade para os textos. Mesmo assim, o vestibular da Cásper está chegando e sei que alguns dos leitores vão fazer a prova ou trabalhar como fiscais pela primeira vez.
Não, eu não fui reprovada três vezes na Cásper! O texto é longo, mas espero que as minhas experiências ajudem.
2008
Subia correndo a ladeira que separa minha casa da estação de metrô mais próxima. Não me lembro de que horas eram (mas era tarde). Meu irmão, que estava fazendo vestibulinho para o colegial técnico, tinha esquecido em casa RG, comprovante de inscrição e até lápis e caneta. É, ele fez isso.
Naquele ano, ainda estava no meio do colegial. Só me inscrevi na Cásper como treineira mesmo – queria me acostumar à prova para me garantir no ano seguinte, que seria para valer. Para encontrar meu irmão, atrasei minha ida à Uni Sant’Anna em algumas estações de metrô e alguns minutos. Minutos preciosos, já que perdi o vestibular por chegar às 13h03. Para mim, o atraso nem importava tanto. Só que, entre as cerca de 15 pessoas que estavam daquele lado dos portões, pelo menos três iam prestar só Cásper. Perderam um ano por causa de alguns minutos.
(Como aquele devia ser meu dia de sorte, o metrô teve problemas na hora minha volta. O trajeto Tietê-Ana Rosa, que demora uns 20 minutos em dias normais, demorou mais de uma hora.)
2009
Dois dias antes do vestibular, tive um pesadelo com ele. Sonhei que entregava a folha de redação em branco para o fiscal da prova. Por incrível que pareça, fiquei calma na hora da redação de verdade. Tínhamos que escrever uma carta explicando o porquê de escolhermos fazer Comunicação. Parece simples, mas vários colegas, ao ler a proposta, ficaram sem saber o que fazer. Pudera: após 1001 treinos em dissertação, não é legal ser obrigado a escrever uma carta, gênero quase desprezado pelos professores de português em geral.
Naquela vez, cheguei vários minutos antes das 13h. Deu até para tomar uma Coca com a amiga que foi prestar Cásper comigo. Cheguei à sala com antecedência e peguei um lugar que achava legal. Mas tornou-se um péssimo lugar logo em seguida, quando chegou um cara que tinha dreads gigantes. O problema não eram os dreads, eram os dreads daquele cara – eles tinham um cheiro estranho, que ficava me distraindo o tempo todo. Sorte que ele foi o primeiro a ir embora da sala.
Tudo deu certo. Saí de lá de carona com um amigo, fomos comparando as respostas no caminho. Passei na Cásper, assim como uns outros 350 novos bixos 2010. Minha amiga não passou na Cásper e hoje, infelizmente, faz Mackenzie. :’(
2010
Se em 2008 eu cheguei ao vestibular depois das 13h, dois anos depois eu cheguei cedo demais. No meio da manhã, para a reunião de fiscais da prova. A grande maioria dos fiscais é formada por alunos e funcionários da Fundação Cásper Líbero. Em meio a um monte de rostos desconhecidos, vi a Laura Garcia, uma linda ritmista de PP*.
Depois do almoço, era hora de se preparar para receber os proto-bixos, vestibulandos, pessoas que dependem das folhas de papel que você está distribuindo. A minha sala só tinha amandas, alines e três andersons (os únicos homens de uma sala com algumas dezenas de pessoas).
Eu juro que não me lembro do fiscal que cuidou da minha prova da Cásper em 2009. Não sei nem se era homem ou mulher. A última coisa em que eu queria prestar atenção era a pessoa de colete e cara entediada na minha frente. Por isso, fiquei surpresa quando uma das pessoas presentes naquela sala me reconheceu depois nos ensaios da Bateria: a Amanda, bixete do ganzá em 2010.
*A quem já pedi desculpas por tê-la esquecido no almoço da última cervejada, né? <3
TL;DR: Dicas para o Vestibular da Cásper Líbero
1. Vá de metrô. No dia em que eu cheguei atrasada, algumas meninas que vieram de carro tinham perdido a hora porque estava acontecendo uma maratona (?) em alguma via principal da cidade. O local da prova é a cinco minutos da estação Tietê.
2. Mesmo indo de metrô, programe-se para chegar uma hora antes do horário em que os portões fecham. Metrô não pega trânsito, mas sempre pode acontecer alguma coisa.
3. Não hesite em mudar de lugar se uma pessoa perto de você tiver um cheiro desagradável, ficar mexendo as pernas, chutando a cadeira ou fungando. (Mesmo que isso soe meio antipático.)
4. Coisas tradicionais de qualquer vestibular: leia as questões com atenção, não estude na véspera, leve comida e água, vá ao banheiro antes, dê um mortal de costas, essas coisas.
5. Coloque título na redação! (A não ser que inventem de fazer uma carta de novo. Aí, não se esqueça de colocar local, data, essas coisas.)
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Mika é expert em cortar textos alheios, mas não sabe escrever nada curto. Enquanto não está falando um monte por aí, toca repinique na Bateria da Cásper.
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