segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"Respeite quem pode chegar onde a gente chegou"


por Julio "João" Hercowitz


Não é fácil. Os “sacrifícios” verídicos daqueles que compõem a Bateria da Cásper, não têm anúncio prévio, nem tampouco são conhecidos antes que você de fato seja membro ativo desse seleto grupo, dessa humilde família.

Completarei dois anos como casperiano e como ritmista.  Lembro-me que antes mesmo do meu vestibular, ao findar de 2009, já me sentia envolvido por um universo casperiano ainda utópico, regido por samba e bateria. Quando ainda de cabelos raspados, fui  ao ensaio inicial de 2010.
Passados os primeiros ensaios e simultaneamente as primeiras vivências como universitário, você ouve opiniões diversas. Alguns optam por esportes, dentre outros segmentos. Aqueles que optam pela bateria, muito ouvem sobre possíveis obrigações, coisas das quais você abre mão para apresentar-se em jogos e festas.

Confesso que por vezes ponderei, questionei a minha real motivação, de ir ao JUCA de 2010 com a Bateria. E a partir deste questionamento, a escolha da qual não me arrependo.

A Cervejada Pré-Juca, marcou o início do que seria uma época, um estilo de vida, um grupo de amigos. No vestiário o frio na barriga e o apoio daqueles que já muito fizeram por essa Bateria.

No JUCA, esse contato cresceu de forma exponencial, e as brincadeiras já eram nossas, o gosto pelo samba bem feito já era nosso e compartilhados eram aqueles sacrifícios citados no início do texto, os mesmos sacrifícios tão citados no início da minha vida casperiana.

O peso do surdo, quando carregado em conjunto, se fazia mais ameno. As dores nos ombros (braços; pernas; cabeça; costas), eram as mesmas para todos. E o orgulho, de fazer parte de um ritmo envolvente e de dias tão agradáveis, eram também compartilhados. 

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