quarta-feira, 26 de outubro de 2011





E a Cásper bateu cabeça!


Uma vez, juro, pensei em qual banda seria incrível se tocasse em alguma festa da Cásper ou mesmo no alojamento do JUCA.

E aí, juro, pensei que essa banda poderia ser o Raimundos.

Explico, um, a gente sabe que é praticamente impossível para qualquer faculdade trazer uma banda ou artista TOP em um momento TOP da carreira para sua festa. E, encaremos, Raimundos deixou de ser a banda mais tocada da 89, a Rádio Rock, bem antes de ela deixar de ser rock.

Explico, dois, sempre fui um grande fã de Raimundos. Um daqueles que tinha grudado na porta do armário o adesivo da banda, com um desenho tosco de um jumento cheio de moscas em volta. Um daqueles que teve o Raimundos como o primeiro show de rock que viu na vida, num Olympia lotado, na Lapa, meados de 2001. Um daqueles que não idolatrava o clássico “Só No Forevis”, mas sim o “Lapadas do Povo”. Enfim, o famoso fã.

Antes de dar um passo à frente na minha história, vou falar um pouco sobre eles.

O Raimundos [o nome da banda é referência aos Ramones, com um toque nordestino, influência familiar do Rodolfo] surgiu no fim dos anos 80 em Brasília, reduto absoluto de bandas nacionais de sucesso. Mas só tomou a forma que conhecemos em 94, quando lançaram o primeiro CD e os primeiros sucessos: “Puteiro em João Pessoa”, “Selim”, entre outros. Daí veio o segundo CD pra consolidar de vez. O “Lavô Tá Novo” emplacou hits que você certamente já cantou: “O Pão da Minha Prima”, “I Saw You Saying” e “Esporrei na Manivela” são bons exemplos.

O fato: Raimundos se tornou A grande banda nacional dos anos 90. E o sucesso explodiu ainda mais com o lançamento do já citado Só No Forevis. Ainda veio a MTV lançar o ao vivão duplo, lindo, cheio de sucessos e pronto, era o auge da banda.

Aqui eu retomo a minha história, pois foi nesse momento único da banda que eu assisti ao meu primeiro show de rock no Olympia, na Lapa, e dias depois eles anunciaram o fim dos Raimundos.

Não vou fazer drama, não houve tempo e nem há saco para isso. Afinal de contas, tem uma música do primeiro CD, chamada “Marujo” que diz: “É por isso que o Raimundos nunca vai se acabar”. E o Digão cumpriu. Não deixou, nem com a saída do vocalista Rodolfo, nem com a saída do Canisso (que depois retornaria ao baixo) e nem com a saída do batera Fred.
Continuei acompanhando a banda com seus novos lançamentos, nenhum deles bem aceito pela mídia. Ainda era Raimundos, mas eu mesmo não botava muita fé.

Foi que em 2009, se não estou enganado, fiquei sabendo que eles tocariam no Outs, casa de shows/balada da Augusta que volta e meia faz meus sábados. Despretensiosamente chamei um amigo meu, que despretensiosamente topou. Assistimos ao show e posso garantir: um dos shows mais fodas e com mais energia que já vi. Repertório perfeito só de músicas antigas como, feliz ou infelizmente, TINHA que ser.
E foi. E foi do caralho!

Naquele momento eu era o mesmo moleque de anos atrás reverenciando uns dos meus ídolos da música. Não me contive em subir no palco para dar um merecido abraço no Digão (mas poderíamos estar menos suados).

Naquele momento, mais uma vez, lembrei:

É por isso que o Raimundos nunca vai se acabar.

Quanto ao presságio de que eles poderiam tocar em uma festa da Cásper e de fato isso acontecer (e principalmente como acontecer), deixo pra vocês comentarem.

O que acharam do show? 



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Tchelo toca na Bateria da Cásper usando camiseta dos Ramones, do mesmo modo que mora na Pompéia e torce pro Corinthians.

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